domingo, 23 de maio de 2010

Enquadramento Competitivo Ski


Competições Nacionais:

  • Campeonato Nacional de ski Alpino;
  •  Prova Vila de Manteiga;
  • Optimus Ski Open;
  • Troféu Portugal – Comunidades Portuguesas

Competições Internacionais:

  • Campeonato do Mundo de Ski da Federação Internacional de Ski (FIS);
  • Jogos Olímpicos (varias modalidades);
  • Taça do Mundo da FIS;

Procedimentos e Técnicas Ski

Procedimentos


A Federação Internacional de Ski (F.I.S.) publicou 10 normas de conduta e segurança para utilizadores de pistas de Ski:

1. Respeito pelos outros: Todos os utilizadores das pistas deverão comportar-se de modo a não colocar em risco todos os outros esquiadores

2. Controlo: Todos os utilizadores das pistas deverão adaptar a velocidade ao seu nível técnico e capacidade física, bem como, às condições atmosféricas, de terreno e de tráfego

3. Escolha da trajectória: o esquiador em posição superior deverá escolher a trajectória de forma a garantir a segurança de quem está em baixo. O esquiador em zona inferior (vale) tem sempre prioridade

4. Ultrapassagens: poderão ser feitas por cima (montanha), por baixo (vale), pela direita ou esquerda, sempre de forma folgada, garantindo a possível evolução daquele que se ultrapassa.

5. Entrada nas pistas e num cruzamento: ao entrar numa descida (pista) ou ao passar um cruzamento todo o utilizador deverá olhar para cima (montanha) e para os lados, por forma a verificar se poderá entrar nas pistas com a maior segurança.

6. Paragem: todos os utilizadores deverão evitar parar em zonas estreitas, lombas e zonas sem visibilidade. Em caso de queda deverão retirar-se da pista o mais rápido possível.

7. Subidas e descidas a pé: deverão ser feitas pelos laterais das pistas, tendo atenção para não colocar em perigo todos os outros utilizadores.

8. Respeito pela marcação, sinalização e informação nas pistas: todos os utilizadores das pistas deverão estar informados sobre as condições reais de cada zona de pistas, bem como respeitar todas as indicações e marcações de segurança existentes nas mesmas.

9. Assistência: qualquer pessoa envolvida ou testemunha de um acidente deverá prestar assistência e dar o alerta para o mesmo. Em caso de necessidade e a pedido dos socorristas deverá colocar-se ao serviço dos mesmos.

10. Identificação: Qualquer pessoa, testemunha ou envolvida num acidente, deverá se identificar perante a equipa de socorro.

Técnicas

Técnica Clássica:

No estilo diagonal é necessário dar passos onde os esquis são colocados na diagonal principalmente em partes da pista que são a subir. Não se pode deslizar sobre a neve.

Técnica Livre:

Várias técnicas são usadas, sendo o deslizar sobre a neve a mais comum.

Materiais Ski

Materiais do ski

      Aqui apenas iremos mostrar os materiais essenciais à prática da modalidade não incluindo fato, óculos, capacete, etc.


Aqui mostramos os skis:

  

Aqui mostramos os bastões:




Aqui mostramos as botas:


Modalidades do ski


Modalidades

Ski Alpino

Ski Alpino: 

É o mais popular dos desportos de inverno e o mais realizado em todas as estâncias de ski. Existem 4 disciplinas dentro do ski alpino que testam a técnica, o equilíbrio, a força e a coragem.
Downhill:

É uma corrida que inclui uma variedade de curvas desafiadoras, assim como saltos e fases de deslize em que os esquiadores atingem as velocidades máximas de todas as disciplinas de ski alpino.

Slalom Super Gigante (Super-G):

É uma corrida de alta velocidade, com curvas largas, disputada numa única mão. Inclui também fases de salto e de deslize.
Slalom Gigante: 
        Competição que tem como objectivo atingir o melhor dos tempos de duas corridas em pistas diferentes. É uma disciplina que requer viragens precisas.


Slalom: 
É realizado em dois percursos diferentes  onde os tempos são combinados. Exige extrema agilidade e equilíbrio. 
Combinado:

As provas alpinas de combinado testam a habilidade do competidor nas provas de Downhill e Slalom onde no final se conjugam os dois tempos.

Ski Freestyle:

Compreende quatro disciplinas que testam uma vasta variedade de capacidades, desde a técnica dinâmica e força nos moguls até às habilidades acrobáticas.
Aéreos:

Estas provas consistem em dois saltos que são julgados de acordo com a sua execução. A pontuação é multiplicada pelo grau de dificuldade.

Acrobacia:

         É realizada uma coreografia em voo, julgada pelas manobras técnicas e pela apreciação artística.


Moguls (montículos/lombas):

A pontuação é determinada pelos pontos atribuídos pela velocidade e pela técnica de execução de dois saltos compulsivos, aproveitando os montes da pista.

Dual Moguls:

          Dois atletas competem frente a frente em duas pistas paralelas de moguls.


Saltos de Ski:

Os saltos de ski requerem uma técnica muito apurada, um perfeito sentido de timing e muita coragem. Os competidores têm de atingir a máxima distância sem esquecer o estilo do voo e a aterragem em telemark. São pontuados de acordo com a performance nestes aspectos.
Rampa Normal (90 m.): Estes saltos têm lugar numa rampa de 90 m., disputada em duas mãos. A pontuação total é a soma das duas mãos, tendo em conta que é tomado em consideração para a pontuação a distância e o estilo.
Rampa Grande (120 m.): Igual à anterior mas numa rampa maior. São atingidas maiores velocidades e distâncias.

Competição por equipas:

A pontuação por equipas é determinada somando o resultado de cada equipa de quatro competidores no fim de duas mãos. Este tipo de prova normalmente tem lugar nas rampas de 120 m.

Voo de Ski:

        Actualmente existem 5 rampas para este tipo de prova. São rampas maiores onde os atletas atingem distâncias na ordem dos 200 metros.


Outras Disciplinas:


Telemark:

O telemark é uma disciplina com viragens em telemark, com zonas de deslize e com saltos. As viragens são realizadas no estilo telemark, nome que veio da Noruega onde o skiador pioneiro Sondre Norheim fundou este estilo à mais de cem anos.
Telemark Clássico (T-CL) e Sprint (T-SP):

Ambos com viragens em telemark, saltos e zonas de deslize em pistas mais ou menos compridas.

Slalom Gigante em Telemark (T-GS):

São usadas as viragens em telemark numa pista parecida em muitos aspectos com as pistas usadas para GS noutras disciplinas, mas acrescentando-se um salto.

Ski de Velocidade (Speed Skiing):

Tem lugar em pistas especialmente preparadas, onde os atletas competem uns com os outros com o objectivo de atingir as maiores velocidades na pista. É usado equipamento especial, (como por exemplo, roupas e capacetes) especialmente desenvolvido para dar a melhor aerodinâmica possível.

Ski na Relva:

São aproveitadas para esta modalidade muitas das pistas de ski, durante os meses em que não há neve. Os atletas usam skis que são baseados num sistema de rolamentos e competem em Slalom em Slalom Gigante e em Slalom Super Gigante (Super-G).

Fimgleiten:


      É uma palavra de origem Alemã que significa deslizar sobre a neve da primavera. Durante a parte final da temporada, os cristais de neve começam a adquirir uma estrutura compacta. Os competidores utilizam então, os skis Fimgleiten, desenvolvidos para utilizar esta neve especial.


Ski Nórdico


Cross-Coutry:

O cross-country, abrange desde provas de fundo de 50 km para os homens e de 30 para as mulheres até provas de sprint. Existem também maratonas que podem atingir os 100 km. Todas as corridas exigem uma grande resistência física, assim como uma técnica eficiente.

Sprint:

Os 32 ou 16 melhor qualificados competem num sistema eliminatório com dois ou quatro atletas em cada round. Percorrem uma distância que pode variar entre os 600 e os 2000m.

Competições por equipas:

 Os países competem uns contra os outros com 4 atletas que alternam entre as técnicas clássica e livre. Todas as equipas começam juntas.
O total das pontuações de cada equipa de 4 competidores é determinado ao fim de duas mãos de saltos de ski e uma corrida de 20 km estafetas, onde cada atleta faz 5 km.





Corrida de estafetas:

As várias nacionalidades competem entre si numa equipa de dois competidores que alternam cada round num total de 4-6 rounds.

Combinado Nórdico:

É uma combinação de Saltos de Ski e Cross-Country, onde os atletas têm de ter a habilidade e a coragem dos saltadores de ski, combinado com a resistência física e técnica dos competidores de Cross-Country.

Prova Individual:

Dois saltos numa rampa de 90 ou 120 m. e uma corrida de 15 km de Cross-Country no dia seguinte.

Salto Individual – Sprint:





Um salto numa rampa de 90 ou 120 m. e uma prova de 7,5 km de Cross-Country.

História do Ski

Introdução


Com esta publicação pretendemos dar a conhecer mais aspectos de uma modalidade muito pouco praticada em Portugal, o ski.
Vamos começar por falar da sua história referindo a sua origem e apresentar as pessoas mais marcantes ou grandes impulsionadoras do ski como desporto.

De seguida, damos a conhecer os principais materiais utilizados nesta modalidade, assim como os recursos que são utilizados.





A primeira forma de ski remonta à pré-história, onde "placas" feitas de ossos de animais de grande porte poderão ter sido utilizadas para viajar na terra coberta de neve ou gelo. Os primeiros skis foram descobertos ao longo dos países escandinavos. O ski mais antigo que se conhece, é o "HotingSki" com cerca de 4.500 anos, que se encontra em exposição em Estocolmo, na Suécia. Outros, com 1.500 anos foram descobertos mais recentemente. É claro que, skis com estas idades, nada têm a ver com os skis da actualidade, no entanto o princípio básico é o mesmo: deslizar sobre a neve e o gelo.
Existem referências históricas escritas sobre o ski e as competições, que datam dos primeiros séculos A.C. (1200 a 500). Descrições coloridas de cenas de ski foram gravadas em livros durante os 500 anos que se seguiram. Skis de vários formatos e tamanhos foram descritos, inclusive pares de esquis, em que um deles era mais longo que o outro (por ex., na Lapónia, onde o esqui esquerdo era mais longo e esticado, e o direito com pêlos, para tracção).
Os primeiros skis (e bastões) feitos de pinho, vidoeiro ou freixo foram feitos de maneira a que os esquiadores se pudessem impulsionar a eles mesmos, através de variadíssimos terrenos inacessíveis a pé. Eram funcionais skis nórdicos.
O uso do ski, para fins estratégicos militares, foi pela primeira vez utilizado pelos Noruegueses em 1200 A.C. Três séculos mais tarde, a Suécia usou tropas de ski contra a Dinamarca, e quatro séculos depois nos Alpes, tropas de ski foram utilizadas para combater a I Grande Guerra e a II Grande Guerra.
Como actividade desportiva de nível internacional, teve inicio no princípio do séc. XIX. No início, as competições de ski eram constituídas basicamente, por corridas de "cross-country" e saltos de ski.
Muitos consideraram o Austríaco Mathias Zdarsky como o pioneiro da técnica de Ski Alpino. O seu livro "The Lilienfelder Skilauf Technik,” foi o primeiro a abordar  a Técnica. Embora a sua técnica nos dias de hoje esteja completamente ultrapassada (com o aparecimento de técnicas mais modernas, como por exemplo: o "carving"), a sua escola foi a primeira a ensinar com total sucesso, centenas de pessoas a esquiar montanha a baixo.




sábado, 22 de maio de 2010

Custos da Modalidade e Locais de prática do Arco e Besta

Ambas as modalidades podem ser praticadas em locais de caça autorizados pela Federação ou outra entidade reguladora das mesmas actividades, tendo estas os custos do materiais e da licença, e uso do local. Sendo o mais comum, as modalidades serem praticadas em campo outdoor e em sala indoor, em ambientes já preparados para a prática do tiro com as condições de segurança, devidamente accionadas.

No que toca ao preço, um arco e os acessórios indispensáveis podem ser comprados por menos de 150 euros, sendo o preço das bestas ligeiramente superior. De qualquer modo trata-se de valores bastante acessíveis a ter em conta se comparados com o preço duma espingarda, com a vantagem das flechas ou virotões se poderem voltar a atirar inúmeras vezes.

Enquadramento Competitivo Arco e Besta

Enquadramento Competitivo

Nacional:

· Campeonato Nacional de Tiro de Campo (Elite, Nacional e Local);

· Campeonato Nacional de Tiro de Caça (Elite, Nacional e Local);

· Campeonato Nacional de Clubes;

· Campeonato Nacional de Bestas.

Internacional:

· World Championship Indoor;

· World Championship Outdoor;

· World Cup;

· Torneio Ibérico.

Materiais comuns ao Arco e à Besta

Flecha

Uma flecha é um projéctil disparado com um arco. A flecha antecede a história e é comum a maioria das culturas.

Uma flecha consiste de uma haste longa e fina, com secção circular, feita originalmente de madeira e agora também de alumínio, fibra de vidro ou de carbono. Este projéctil é afiado na ponta ou armado com uma ponta de flecha numa extremidade, dispondo na outra um engate (nock) para fixação na corda do arco. Pontas de flecha são disponibilizadas uma variedade de tipos, adequando-se ao uso que será feito da flecha, seja desportivo, caça ou militar. Próximo à extremidade posterior da flecha são colocadas superfícies de estabilização que constituem a empenagem da flecha, a fim de ajudarem na estabilização da trajectória de voo. Geralmente em número de três, as penas são dispostas ao redor da haste formando um ângulo de 120º entre si. Nas flechas modernas as penas são fabricadas em plástico e fixadas com cola especial. Artesãos que fabricam flechas são conhecidos como “flecheiros” termo relacionado á palavra francesa para flecha, fléche.

Alvo

Os alvos são feitos de papel simples ou entretelado, ou de materiais sintéticos, como o Tyvek®. Consiste num diagrama de anéis concêntricos graduados de 10 a 6 a partir do centro, identificado pelas cores amarelo (10 e 9 pontos), vermelho (8 e 7) e azul (6 pontos). Nos torneios outdoor, o alvo é complementado com anéis no valor de 5 a 1, nas cores azul (5), preto (4 e 3) e branco (2 e 1). Quem manda uma flecha bem no meio, no número 10, "acerta na mosca", como é popularmente chamado o ponto central do alvo identificado com um sinal de +.
O tamanho do alvo obedece padrões internacionais de tamanho de acordo com a distância em que as flechas são atiradas. No início do aprendizado, alvos são colocados a cinco ou dez metros de distância. Com o tempo, o atleta começa a treinar com distâncias maiores, até chegar aos dezoito metros, medida padrão das competições em ambientes fechados (indoor). Em competições indoor cada arqueiro dispara duas séries de trinta flechas, totalizando sessenta flechas em alvos de 20 centímetros de diâmetro.Em torneios ao ar livre, o alvo chega a 122 cm de diâmetro para distâncias de até 90 metros.



Materiais - Tiro com Besta

Besta



Materiais - Tiro com Arco

Arco Composto



O arco composto foi desenvolvido a partir dos anos 70 com a finalidade de alcançar maiores potências de tiro com menor esforço. O arco composto possui um sistema de roldanas elípticas, que aumentam a quantidade de energia armazenada pelo arco, permitindo ao arqueiro reduzir a força que emprega enquanto tensiona o arco. Dessa forma, um arqueiro alcança facilmente maiores potências de tiro, a partir de 60 libras, o que torna o uso deste equipamento muito popular não só em competições, como também na caça desportiva de animais de grande porte.

A corda do arco, feita de kevlar e de outros materiais sintéticos de elevada resistência e durabilidade, deve ser esticada pelos três dedos centrais, com ambos os braços em linha recta, até encostar no queixo. Só depois de conseguir fazer naturalmente este movimento, sem esforço exagerado, é que o candidato a arqueiro começa a praticar com flechas.


Arco Recurvo


É o único tipo de arco permitido nos Jogos Olímpicos. Basicamente um arco recurvo é composto por lâminas, punho e corda. Adicionalmente acrescentados outros componentes, como mira, estabilizadores e outros.

O seu princípio de funcionamento baseia-se na acumulação de energia nas lâminas do arco, que são peças acopladas ao punho (local onde se segura o arco). Essas peças são feitas de madeira laminada ou materiais sintéticos, dentre os quais se destacam os compostos de carbono.


Procedimentos e Técnicas - Tiro com Besta

Tiro com Besta

Como armar uma besta moderna:

Procedimentos e Técnicas - Tiro com Arco

Tiro com Arco

Como segurar a flecha:


Como esticar e apontar:


Como segurar a corda:









Historia Tiro com Arco e Tiro com Besta

Introdução

Nesta publicação, vamos abordar o “ Tiro com Arco “ e Tiro com Besta “, dando a conhecer a sua história, os procedimentos e técnicas básicas, os locais de prática, o enquadramento competitivo, os materiais e todos os custos destas duas modalidades federadas a nível nacional e internacional. Esperamos dar um tiro positivo, ao conhecer mais sobre estas modalidades assim como a demonstrar esse conhecimento.

História Tiro com arco

Os arcos e as flechas foram as primeiras armas inventadas pelo Homem como armas de caça e depois como armas de defesa. O seu aparecimento remonta ao princípio dos tempos e segundo várias referências de base científica, os arcos apareceram desde que há memória da existência de seres humanos. Contudo só é possível atribuir datas, para qualquer facto ou acontecimento, até à cerca de 25 000 anos atrás, tão antigo portanto como as mais remotas manifestações de civilização, a descoberta dessa arma formidável pelo homem primitivo assegurou a sua sobrevivência, permitindo caçar, defender-se ou atacar outros grupos hostis, nas guerras tribais de outrora.
Podemos afirmar sem medo de errar, que somente a descoberta do fogo se ombreou em importância com a do arco e da flecha, permitindo a ascensão da espécie humana na superfície do planeta.

Da Antiguidade até o século XVI, encontramos inúmeras referências escritas sobre o Tiro com Arco, porém a maioria delas encarando-se sob o ponto de vista da sua utilidade como arma de guerra, nada especializada sobre desporto, a não ser alguns escritos sobre os jogos olímpicos gregos, a festividades egípcias, assírias, babilónicas e depois os jogos romanos no Coliseu.
Nesse período que vai até o final da Idade Média, o poder de uma nação, tanto de conquista como de defesa dependia inteiramente do valor e destreza dos seus arqueiros de infantaria ou cavalaria, e os episódios históricos que conhecemos desde a nossa infância sobre História Mundial esclarecem-nos tal fato. Temos também as lendas gregas estáticas sobre os seus heróis arqueiros.
Na Europa, a Inglaterra é quem detêm a primazia do desenvolvimento do Tiro com Arco, o célebre "LONGBOW" (arco-longo) inglês e as flechas bem emplumadas para precisão do tiro escreveram páginas memoráveis nas batalhas e asseguraram a grandeza da Grã-bretanha.
Os antigos Reis ingleses formularam despachos obrigando a todos os jovens ingleses a terem arcos e um número obrigatório de flechas sempre à mão. Isto criava uma espécie de milícia nacional sempre armada de prontidão, contra as repetidas invasões dos vikings, normandos, entre outros e para que o interesse sobre o arqueirismo permanecesse aceso, eram promovidos vários torneios nacionais e regionais nos condados ingleses e os vencedores recebiam honras de heróis nacionais e favores de realeza, inclusive bons prémios em dinheiro, e a guerra das rosas marcou o ápice da fama do arqueirismo como principal arma de guerra. A descoberta da pólvora e a introdução das armas de fogo, tornaram então obsoleto para a guerra.

Apesar de substituído como arma de guerra, o arqueirismo entretanto continuou, principalmente na Inglaterra, como um desporto, tanto de interesse popular como da aristocracia. Não existiam competições, considerava-se um acto de elegância e de educação aprimorada saber atirar uma flecha de maneira correcta.
Os ingleses praticavam o arqueirismo, um jogo que intitulavam de ROVER (passeio) o qual se desenrolava da seguinte maneira: 1 grupo de arqueiros saía através de um bosque ou de um relvado e um deles indicava um obstáculo qualquer do local como o primeiro alvo (uma árvore, uma moita, etc.) e em seguida todos atiravam no mesmo. O que chegasse perto da marca escolhida era proclamado capitão do grupo e escolha o alvo seguinte. Este ROVER GAME incrementou o gosto pelo arqueirismo e fez notar a necessidade de competições organizadas, pois tudo aquilo que é desporto depende desse ponto fundamental.

Em fins do século XVIII fundou-se a REAL SOCIEDADE DE TOXOPHILLIA e em 1844 aconteceu o 1º campeonato Inglês de Arqueirismo. Modernamente o arqueirismo inglês é controlado pela GRAND NATIONAL ACRCHERY SOCIETY, na região de Essex. Na América o arqueirismo foi introduzido nos E.U.A. por um grupo de entusiastas em 1828, os quais criaram a ARQUEIROS UNIDOS DE FILADÉLFIA, que competiram regularmente durante 20 anos, até se desencadear a Guerra Civil. Em 1879 fundou-se a NATIONAL ARCHERY ASSOCIATION (N.A.A) e realizou-se o 1º campeonato americano neste mesmo ano, e desde essa época nunca pararam as competições durante os anos de guerra as competições eram realizadas por correspondência (MAIL-MATCH).

A partir de 1930 as competições nos Estados Unidos estenderam-se de costa a costa, e o aparecimento de novos arcos e materiais para as flechas, a preços e facilidade mais acessíveis aos desportistas, e nos dias de hoje acredita-se que existam mais arqueiros praticantes do que em todas hordas de Gengis Kahn, ou nos efectivos dos exércitos europeus. Surgiram publicações técnicas especializadas, tais como as revistas BOW AND ARROW e THE ARCHERY'S MAGAZINE.

Em 1940 a caça com arco e flecha foi legalizada em alguns estados americanos o que abriu um campo novo para milhares de novos praticantes que não se interessavam pelo tipo de competição ao alvo e então foi fundada a NATIONAL FIELD ARCHERY ASSOCIATION (N.A.F.A.) que realizou o seu primeiro campeonato em 1946. Por outro lado os arqueiros profissionais organizaram a PROFESSIONAL ARCHERS ASSOCIATION (P.A.A.) e os fabricantes de equipamentos fundaram a ARCHERY MANUFACTURES ORGANIZATION (A.M.O.) esta última é que financiam as despesas de viagens das equipas americanas ao exterior. Na Europa, berço do arqueirismo desportivo, o desporto evoluiu também de maneira grandiosa e em 1930 criou-se então o organismo internacional denominado FEDERATION INTERNATIONALE DE TIR L'ARC, conhecida pela sua sigla FITA. Antes disto o arqueirismo já tinha sido considerado desporto olímpico entre 1908 e 1920, e novamente em 1972 e 1976, depois de consideráveis esforços desenvolvidos pelos países interessados.

História Tiro com Besta


A besta ou balestra é uma arma com a aparência de uma espingarda, com um arco de flechas, acoplado na ponta da coronha, accionada por gatilho, que projecta setas, dardos similares a flechas. A besta foi bastante usada no século XVI e chegou a coexistir com os mosquetes e depois foi substituída pelos mesmos, que foram as primeiras armas de fogo. Hoje, continua a ser fabricada, pois é usada, em algumas partes do mundo, por caçadores. O lendário suíço Guilherme Tell, para se livrar da prisão, teve que atirar uma flecha numa maçã colocada sobre a cabeça do próprio filho. Tratava-se de uma ordália, ou prova divina de sua inocência (caso acertasse) ou culpa (se errasse), no conceito do direito medieval europeu. Acredita-se que a besta foi criada muito antes de Cristo pelos chineses, Leonardo da Vinci chegou a desenhar a besta, porém não a fabricou. As verdadeiras origens desta arma são controversas e de difícil conclusão já que muitos povos a utilizaram em pequena e grande escala. A besta tinha diversas variações e tamanhos para diferentes projécteis que podiam ser atirados sendo os mais comuns as próprias flechas e o Quadradelo de aço que continha uma ponta semelhante a uma pirâmide que facilitava a entrada na carne ou armadura inimiga.A besta chinesa tem uma variante bastante interessante, a que foi chamada besta de repetição, e que consistia em uma única arma capaz de lançar de cinco a dez projécteis de uma só vez, mas era uma arma para grandes exércitos pois necessitava de, no mínimo, dois homens para carregá-la e armá-la (um homem sentado no chão esticando a corda com os pés para o alto enquanto o segundo carregava e orientava para a execução do tiro). Era uma arma para grandes quantidades de tiros e muito útil contra exércitos, onde eram atiradas milhares de flechas no ar que caiam sobre o campo inimigo, que podia estar até 350 metros do tiro e, após a violência do ataque das bestas, podiam fazer os ataques por terra já com os exércitos inimigos praticamente derrotados pelo imenso poder da rajada desta arma. Já havia registos desta arma em Roma antes e depois de Cristo como arma de caça ou de guerra. Na Europa, também há vários registos, inclusive na Guerra dos Cem Anos onde os besteiros genoveses deram apoio à França contra a invasão da Inglaterra, porém foi mal sucedida pela fraca estratégia usada pelos franceses e pelo baixo número de guerreiros que utilizavam a arma. Nesta época, entre os século XIV e século XVI, as bestas tinham um alcance considerável, entre 230 e 250 metros de distância, e pesavam cerca de cinco a sete quilogramas enquanto o arco longo inglês tinha um alcance entre 180 e 200 metros, o que apresentava vantagem da besta, porém a mesma tinha um intervalo muito grande entre os disparos: o besteiro tinha de colocar um novo quadradelo na haste, enrolar, então, a corda com uma alavanca, que se encontrava na parte anterior da arma, até ao ponto certo para o novo tiro, o que, além de requerer muita força física, ainda demorava cerca de dois a cinco minutos, tempo de que não se tinha na guerra contra os arqueiros ingleses que eram apelidados de Arlequim, que significa demónio, e os mesmos conseguiam atirar facilmente cerca de cinco flechas no curto espaço de vinte segundos.

Além disto, o besteiro estava sempre acompanhado de um segundo homem que carregava um pavês que é um escudo comprido feito de carvalho e salgueiro que era usado para defender o besteiro dos ataques de flechas inimigas nos momentos em que ele estava a carregar a sua besta que era sempre feito atrás deste escudo. A besta tinha uma força suficiente para atravessar a maioria das armaduras da época como cotas de malha e algumas armaduras leves de placas a uma boa distancia, porém havia outras bestas chamadas leves que não tinham o mesmo alcance e potência, sendo usadas principalmente na caça.

Uma variação da besta de repetição chinesa foi criada na Europa por volta do século XIII, consistia numa besta maior com cerca de quinze a 25 quilos que continha um encaixe para até sete Quadradelos que eram atirados com um pequeno intervalo de dez a quarenta segundos o que a tornava bastante preciosa. Porém ficou obsoleta logo em seguida devido ao peso e ao grande tamanho que dificultava muito o transporte e uso da mesma que demorava também de cinco a dez minutos para recarregar, tinha muitos defeitos mecânicos, emperrava muito facilmente, tinha um alcance muito pequeno, menos de trinta metros, necessitava de dois ou mais ajudantes para transportar, apontar, recarregar, e pouca força contra as armaduras da época, foi desconsiderada logo após a criação como muitas armas, então ficou como uma arma mais de decoração para ficar pendurada em paredes ou pequenas competições de tiro ao alvo não sendo uma arma para batalhas ou guerras pelo seu mau desempenho e dificuldade de uso e transporte. A besta de repetição teve uma nova hipótese no século XVII com a melhoria considerável da mecânica e dos ferreiros, porém foi novamente descartada pelo auge das armas de fogo que estavam bastante avançadas comparadas com as primeiras experiências, sendo novamente apenas produto de decoração ou competições e caça.